
Recentemente foi inaugurado, na China, o primeiro hospital operado 100% por robôs. Ele conta com 14 médicos de inteligência artificial e 4 enfermeiros virtuais. Os números de desempenho superam os padrões humanos, levando a mais de 90% em acertos nos diagnósticos.
Esse hospital foi elaborado por pesquisadores da Universidade Tsinghua, localizada em Pequim. E nasceu de uma parceria Instituto de Inteligência Artificial da Universidade Tsinghua, a gigante tecnológica Huawei HealthTech e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China, explica o empresário Jackson Galvani.
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1.Como funciona o atendimento?
O primeiro atendimento é feito na triagem, por um robô com sensores biométricos que são capazes de medir sinais vitais em segundos. A partir disso, a IA apelidada de “Dr. Ling” realiza uma análise do histórico médico do paciente para fornecer um diagnóstico.
Além disso, o hospital também é capaz de realizar administração de medicamentos, aplicar vacina e sessões de terapia com linguagem natural. Esses processos possuem supervisão humana, de forma remota.
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2.A Inteligência Artificial irá substituir um médico?
Jamais. A prática da medicina vai muito além apenas da analise de dados, por esse principal motivo que a inteligência artificial nunca irá substituir um médico. Ela é uma ferramenta muito útil e valiosa, mas não possui empatia, julgamento ético, sensibilidade humana ou capacidade de interpretar situações complexas como um ser humano.
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3.Inteligência Artificial na saúde.

A inteligência artificial na saúde pode ser usada desde a gestão hospitalar até a interpretação de exames. As soluções de IA na saúde são bem seguras e trabalham como aliadas aos profissionais da área. Auxiliam fornecendo dados, melhorando as análises para tomada de decisão, além da otimização dos processos. Ademais, são referência quando assunto é segurança e administração de dados.
Em 2023, a ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados) realizou um levantamento em parceria com a Associação Brasileiras de Startups de Saúde (ABSS) sobre o uso de inteligência artificial em clínicas e hospitais. O estudo indicou que 62,5% das instituições já utilizavam os recursos de alguma forma, sendo a maioria deles em chatbots de atendimento.
Um estudo divulgado na revista eClinical Medicine revelou que uma ferramenta de inteligência artificial criada por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, conseguiu prever se indivíduos com sintomas iniciais de demência desenvolveriam ou não a doença de Alzheimer.
De acordo com o estudo, a tecnologia conseguiu diferenciar pessoas com comprometimento cognitivo leve que permaneceram estáveis daquelas que evoluíram para Alzheimer ao longo de três anos. O algoritmo acertou a previsão do desenvolvimento da doença em 82% dos casos e identificou corretamente os que não desenvolveram em 81% das vezes.
O estudo demonstra que a inteligência artificial tem um potencial promissor na detecção precoce do Alzheimer, ao prever com boa precisão quais indivíduos com sintomas iniciais de demência desenvolverão a doença. O que pode contribuir para intervenções mais eficazes e personalizadas no futuro para tratamentos de outras patologias.
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4. Medicina Personalizada.
Com o passar dos anos, a medicina compreendeu que cada paciente é único. Com isso, entendeu-se a necessidade de focar nas formas de tratamento aplicadas para cada paciente em específico. Ao contrário da medicina tradicional, em que todos os pacientes diagnosticados com determinada doença recebem tratamentos iguais, a medicina personalizada busca identificar a causa da patologia e, a partir daí, indicar a melhor forma de tratamento.
O trabalho da inteligência artificial dentro da medicina personalizada é baseado nos seguintes fatores:
- Análise de dados genômicos: A inteligência consegue analisar grandes volumes de dados genéticos para identificar mutações ou variantes associadas a doenças.
- Previsão de respostas a medicamentos: Podem prever como um paciente responderá a um fármaco específico, ajudando a selecionar a dose e o medicamento mais adequado, evitando reações adversas e aumentando a eficácia do tratamento
- Diagnóstico precoce e preciso: Inteligências treinadas com dados clínicos e exames de imagem conseguem detectar doenças antes que os sintomas apareçam ou distinguir entre diferentes condições com maior precisão.
- Descoberta de novos biomarcadores: Auxilia a identificar biomarcadores moleculares que indicam risco ou presença de doenças especificas, fundamentais para medicina personalizada.
- Criação de planos de tratamento individualizados: Ao integrar dados de saúde eletrônicos, estilo de vida e histórico familiar. A inteligência artificial pode sugerir planos de tratamento personalizados com base nas características únicas do paciente.
- Suporte à decisão clínica: As ferramentas fornecem recomendações em tempo real para médicos, ajudando-os a tomar decisões baseadas em evidencias e adaptadas ao perfil de cada paciente.
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5. Automação de processos administrativos.

A inteligência artificial tem revolucionado a gestão hospitalar ao otimizar recursos e melhorar a eficiência operacional. Ela prevê a demanda por leitos e insumos, facilita o planejamento e evita futuros desperdícios. Automatiza processos administrativos, como agendamentos e triagens, liberando tempo dos profissionais. Também aprimora a gestão de estoques e detecta erros e fraudes em registros e faturamentos. A IA ajuda a otimizar o fluxo de pacientes e prevê manutenções em equipamentos, evitando falhas. Além disso, analisa indicadores de desempenho para apoiar decisões estratégicas. Assim, torna a administração hospitalar mais ágil, segura e centrada no paciente.
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6. Análise de desempenho e qualidade.
A inteligência artificial permite o monitoramento contínuo de indicadores como tempo de internação, taxas de infecção e readmissão. Utilizando análise preditiva, antecipa eventos adversos e orienta ações preventivas. Avalia o desempenho de equipes e serviços com base em resultados clínicos e operacionais. Ao integrar-se aos prontuários eletrônicos, verifica a conformidade com protocolos médicos. Sistemas de IA também geram relatórios automatizados e dashboards em tempo real, facilitando decisões estratégicas. A tecnologia permite benchmarking com outras instituições de saúde, promovendo melhorias contínuas. Além disso, detecta erros e falhas em processos assistenciais. Com isso, fortalece a segurança do paciente e a eficiência da gestão. A IA, portanto, transforma dados em ações concretas para aprimorar a qualidade dos serviços de saúde.
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7. Inteligência Artificial no SUS
O uso de tecnologias digitais, como as IAs, têm avançado significativamente para oferecer serviços de saúde que auxiliem os gestores e profissionais no dia a dia.
Pensando nisso, no ano de 2023, o Ministério da Saúde abriu uma chamada pública para projetos de pesquisa que façam uso de inteligência artificial para melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Foram selecionados cinco pesquisadores de instituições brasileiras com participação ativa em inovação e conhecimento local, com ajuda de custo de até R$ 500 mil por projeto. Totalizando um investimento de R$ 2,5 milhões, em um período de no máximo 12 meses.
Os temas escolhidos para serem tratados foram:
- Suporte a decisões clínicas.
- Saúde pública e formulação de políticas públicas.
- Suporte para os profissionais de saúde da linha de frente.
- Comunicações de saúde e trajetórias dos pacientes.
- Fortalecimento dos sistemas de saúde.
Os tópicos escolhidos versam sobre melhorias nas rotinas de trabalho e atendimento nas unidades.
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8.Tecnologia a serviço da medicina.

A tecnologia tem revolucionado todas as áreas, com a medicina não seria diferente. Vem tornando diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes e o cuidado com o paciente mais ágil e personalizado. Com o apoio de ferramentas tecnológicas, a saúde moderna alcança novos patamares de eficiência e qualidade.
A tecnologia tem sido uma grande aliada da medicina, proporcionando avanços que tornam o diagnóstico mais rápido, preciso e acessível. Um dos destaques é a digitalização dos processos médicos, como os laudos digitais, que substituem os antigos documentos em papel e permitem maior agilidade, segurança e integração de informações. Com o apoio da telemedicina, esses laudos podem ser gerados automaticamente a partir de exames de imagem, auxiliando médicos na tomada de decisões e otimizando o tempo de atendimento.
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