
A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por descargas elétricas anormais no cérebro, resultando em crises epilépticas recorrentes. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com essa doença, que pode se manifestar de diferentes formas e ter diversas causas.
O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para o controle eficaz das crises e para a melhora da qualidade de vida do paciente. Para isso, recursos como o eletroencefalograma (EEG), exames de imagem e avaliação clínica especializada desempenham um papel essencial.
Neste artigo, abordaremos de forma técnica e objetiva os principais aspectos da epilepsia: o que é, suas possíveis causas, sintomas mais comuns, os diferentes tipos de crises epilépticas e como é realizado o diagnóstico. O conteúdo é indicado tanto para profissionais da saúde quanto para pacientes e familiares em busca de informações confiáveis.
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1. O que é epilepsia?
A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas recorrentes, causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem se manifestar de diversas formas, como convulsões, perda de consciência, movimentos involuntários ou alterações temporárias no comportamento, na percepção ou nos sentidos.
Apesar de ainda existir muito preconceito em torno da epilepsia, trata-se de uma doença relativamente comum: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo todo. Embora possa surgir em qualquer idade, é mais frequente em crianças e idosos.
Vale destacar que ter uma única crise não significa necessariamente ter epilepsia. O diagnóstico é feito quando ocorrem duas ou mais crises não provocadas, ou seja, sem uma causa momentânea identificável, como febre alta, uso de drogas ou traumatismo.
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2. Causas e sintomas.
A epilepsia pode ter várias causas. Entre as mais comuns estão lesões no cérebro, traumatismos cranianos, AVC (derrame), infecções como meningite, tumores, malformações congênitas e complicações no parto, como a falta de oxigênio. Também pode estar ligada a fatores genéticos ou, em muitos casos, não ter uma causa identificável, chamada de epilepsia idiopática.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa. O mais conhecido são as convulsões, mas há outros sinais importantes: perda de consciência repentina, olhar fixo, sensações estranhas (como cheiros ou sons inexistentes), confusão mental após as crises e movimentos repetitivos e involuntários, como mastigar ou piscar. Algumas crises são discretas e passam despercebidas, enquanto outras são mais intensas e frequentes.
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3. Convulsões.
As convulsões são o tipo mais conhecido de crise epiléptica, mas é importante entender que nem toda crise envolve convulsão, e nem toda convulsão significa epilepsia.
A convulsão acontece quando há uma descarga elétrica intensa e anormal no cérebro, causando sintomas visíveis como:
- Perda de consciência;
- Queda repentina;
- Rigidez muscular seguida de tremores;
- Salivação intensa;
- Respiração irregular;
- Confusão mental após o episódio.
As convulsões podem ocorrer em pessoas que não têm epilepsia, por causas isoladas como febre alta (em crianças), uso de drogas, abstinência de álcool ou lesões cerebrais momentâneas. Para ser considerado epilepsia, é necessário que a pessoa tenha duas ou mais crises espontâneas, sem causa aparente imediata.
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4. Você sabe o que é Epilepsia Fotossensível?

A epilepsia fotossensível é um tipo de epilepsia em que as crises são desencadeadas por estímulos visuais, como luzes intermitentes, padrões visuais repetitivos (listras, xadrez) ou mudanças rápidas de brilho. É mais comum em adolescentes e pode ser identificada durante o exame de eletroencefalograma (EEG) com estimulação luminosa intermitente.
Embora não seja a forma mais comum da doença, esse tipo de epilepsia exige cuidados específicos, como evitar videogames com luzes piscantes, ambientes com iluminação estroboscópica ou conteúdos visuais com flashes intensos. Com diagnóstico adequado e orientações específicas, é possível controlar as crises com eficácia.
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5. Tipos de crise.
As crises epilépticas são classificadas de acordo com a área do cérebro em que começam e a forma como se manifestam. Os principais tipos são:
Crises focais (ou parciais):
Começam em uma parte específica do cérebro. Podem causar movimentos involuntários em um lado do corpo, alterações na visão, no olfato ou na fala. A pessoa pode permanecer consciente (crise focal simples) ou ter alteração da consciência (crise focal complexa).
Crises generalizadas:
Atingem os dois hemisférios do cérebro desde o início. Costumam causar perda de consciência e envolvem o corpo todo. Alguns exemplos:
- Crise tônico-clônica (convulsiva): provoca rigidez muscular seguida de espasmos intensos.
- Crise de ausência: ocorre principalmente em crianças; a pessoa “desliga” por alguns segundos, com olhar fixo e sem responder.
- Crise mioclônica: causa contrações rápidas e breves dos músculos.
- Crise atônica: provoca perda súbita do tônus muscular, fazendo a pessoa cair repentinamente.
Crises de início desconhecido:
São aquelas em que não é possível identificar com clareza onde a crise começou, geralmente por falta de informação no momento do episódio.
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6. Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da epilepsia é clínico, feito principalmente com base no histórico do paciente e na descrição das crises. O médico neurologista irá investigar o tipo de episódio, sua frequência, duração, se há perda de consciência, movimentos involuntários, entre outros detalhes.
Para complementar, são solicitados exames que ajudam a confirmar o diagnóstico e identificar possíveis causas, como:
- Eletroencefalograma (EEG): registra a atividade elétrica do cérebro e pode mostrar padrões típicos de epilepsia, mesmo entre as crises.
- Ressonância magnética (RM) ou tomografia do crânio: ajudam a detectar lesões, tumores, cicatrizes ou malformações cerebrais.
- Exames laboratoriais: servem para investigar causas metabólicas ou infecciosas que possam estar associadas às crises.
Em alguns casos, é necessário repetir os exames ou realizar uma monitorização prolongada com EEG e vídeo, para observar uma crise em tempo real e confirmar o tipo exato.
O diagnóstico correto é fundamental para escolher o tratamento mais adequado e garantir mais qualidade de vida ao paciente.
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7. Qual papel do EEG na epilepsia?

O eletroencefalograma é um exame simples, indolor e fundamental no diagnóstico da epilepsia. Ele registra a atividade elétrica do cérebro por meio de sensores (eletrodos) colocados no couro cabeludo. Esses sensores captam os impulsos elétricos que os neurônios geram constantemente.
Na epilepsia, o EEG pode identificar alterações específicas nas ondas cerebrais, chamadas de descargas epilépticas, que indicam um funcionamento anormal em determinadas regiões do cérebro. Mesmo que o paciente não esteja em crise no momento do exame, essas alterações podem aparecer e ajudar no diagnóstico.
Como é feito o exame?
- O paciente deita em uma maca, e os eletrodos são fixados na cabeça com uma pasta condutora.
- Durante o exame, são realizados estímulos como abrir e fechar os olhos, respirar profundamente (hiperventilação) e exposição a luzesintermitentes (estimulação luminosa), que ajudam a provocar possíveis alterações cerebrais típicas da epilepsia.
- O exame dura, em média, de 20 a 40 minutos e é totalmente seguro.
Quando o EEG é indicado?
- Para investigar crises convulsivas ou outros episódios neurológicos;
- Para confirmar o diagnóstico de epilepsia e classificar o tipo de crise;
- Para acompanhar a evolução do tratamento;
- Em alguns casos, é feito com monitoramento prolongado ou durante o sono, para aumentar a chance de detectar alterações.
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8. Sua clínica já oferece EEG? Veja por que esse exame pode fazer a diferença.
Para clínicas que desejam ampliar seus serviços neurológicos e oferecer um atendimento mais completo aos pacientes, incluir o exame de EEG na rotina diagnóstica é um passo essencial. Além de ser fundamental na investigação da epilepsia e de outras alterações cerebrais, o EEG é um exame acessível, não invasivo e de grande valor clínico. Com o suporte da Life Laudos, sua clínica pode realizar o exame localmente e contar com laudos médicos especializados, emitidos de forma rápida, segura e 100% digital, seguindo todas as regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Isso garante mais agilidade no diagnóstico e fideliza o paciente com um serviço resolutivo e de qualidade. Clique aqui para entrar em contato com nossa equipe e saber mais informações!
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Conclusão.
A epilepsia é uma condição neurológica complexa, que exige atenção especializada desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo. Identificar precocemente os tipos de crises, compreender suas causas e realizar exames como o EEG são etapas essenciais para garantir um tratamento mais eficaz e seguro para o paciente.
Nesse cenário, clínicas que investem em exames de apoio ao diagnóstico, como o eletroencefalograma, ampliam significativamente sua capacidade de oferecer um cuidado completo e resolutivo
Se sua clínica ainda não realiza EEG, este é o momento ideal para integrar esse serviço ao seu portfólio e se posicionar como uma referência em cuidado neurológico com o apoio da tecnologia.
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